segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu com esse estômago fraco que Deus me deu.
Eu com essa dor toda que você me deu.
Eu com esse vazio todo que a vida me deu.
Eu que não aguento te lembrar.
Eu que tento me fazer acreditar.
Eu...



Lynda Evy, 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Não, vou ficar por aqui mesmo, vou andar toda a vida nesta calçada, pensando nele, sentindo ele, estou tão bonita nesse vestido... - a moça sabia que estava -


Carlos Drummond in: 70 historinhas
Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o sim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte.  Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.






Caio Fernando de Abreu in: Inventário do Ir-remediável 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

- Também não gostou dele?
- Gostei demais, aí é que está. Foi o meu erro.





Carlos Drummond in: 70 historinhas

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Seria preciso abdicar de minha segurança, e eu a acumulei em paciência e tédio, mas a fiz forte, e se agora periclita é porque todos nós temos o nosso momento de queda. E esse é o meu.



Caio Fernando de Abreu in: Inventário do Ir-remediavel

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Levará sua vida, tudo o que você é, tudo que lhe é caro e não deixará nada a não ser neblina e névoa.
Levará sua alegria. E, um dia, você vai acordar e seu coração e sua alma terão partido. Um casco você será, um fiapo será. Não mais do que um sonho ao despertar ou a lembrança de algo esquecido.



Neil Gaiman in: Coraline

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tudo bem se for pouco, pois eu nunca pedi muito.

E qualquer coisa eu estou aqui mendigando carinho pra qualquer um que segure minha mão fria e, quem sabe, me dê um pouquinho de conforto. 
Que nem criança no colo da mãe. 
Que nem casal no inicio do namoro.
Que nem...






Lynda Evy
E o menino, que tinha sido tanto tempo, deixou de repente de ser.






Carlos Drummond in: 70 historinhas 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mas a vida já não assusta os olhos de quem dela recebe mais do que esperava.



Fernando Sabino in: Deixa o Alfredo falar!