terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nossas, minhas. Mãos.

Tive pavor de soltar a mão que eu segurava. Quando pensei na queda que viria a acontecer tudo que consegui segurar foi aquela mão e mesmo que a mão me arrastasse - e ficassem pedaços meus pelo asfalto quente - me agarrava cada vez mais. Como se eu não me importasse com as feridas que aquilo me causava, como se a dor de soltar a mão fosse maior que a dor de perder partes minhas pelo caminho. Perdi muito de mim agarrada aquela mão. 
    Quando soltei a mão vi que as partes que perdi de mim não posso recuperar e segurar a mão só me trouxe o medo de andar sozinha, vivi muito tempo agarrada em mãos e quando descobri que existiam duas mãos em mim ás agarrei com a força do mundo. Agora já não me arrasto mais e não me perco. Não quero e nem espero nada de ninguém que não seja eu.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aquela coisa distante, cansada. Como se estivesse tão ausente que nem podia ser tocada.

sábado, 20 de agosto de 2011

Ele me perguntou como eu podia saber que estava acabando.
Eu soube quando o "eu te amo" começou a me causar susto ao invés de felicidade 

domingo, 24 de julho de 2011

Me Per(doa)?

Desculpa recuar, desistir. Me desculpe também o cansaço, as dores em volta dos olhos inchados por causa das lágrimas que queimam. Me perdoe a vontade gigante que eu tinha de você e da minha alma que mantive presa por medo de achar alguém que me fizesse desviar da estrada que você estava. Me desculpa por não conseguir parar o sangramento que você causou e não conseguir esconder os hematomas que você fez sem perceber. Me perdoa por calar. Me perdoa pelo medo e todo esse pedido de perdão que eu sei que vai lhe causar desdém. Me perdoa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Boa noite, sei que isso é super chato, mas estou participando de um concurso de contos e preciso do voto de vocês. Então quem puder, quiser e gostar de um dos meus contos pode votar aqui.


Obrigado!
Beijos
;*

sábado, 25 de junho de 2011

Ficamos assim ausentes de nós.

Me pediu mais do que eu podia dar e enquanto pedia, recebia. Mesmo que eu já estivesse totalmente escassa de mim eu precisava entregar tudo e achei que isso era amor, não é. Ele se foi e eu fiquei. Vazia.
Tudo que entregamos de nós não volta, quando entregamos se torna do outro e mesmo que precise com todas as células do seu corpo não volta e se volta vem manchado, sujo, meio destruído. Porque ninguém cuida como tem que ser cuidado, ninguém se coloca nos buracos das suas dores só porque você precisa, boa vontade não cura.
Ficamos assim ausentes de nós.

terça-feira, 14 de junho de 2011

As vezes te preciso tanto. E tu vem. E te vejo.
Acaba o encanto e me irrito. Então vem a tempestade e você diz que está pronto. Te jogo pra fora e entro. Ainda assim te preciso muito.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu com esse estômago fraco que Deus me deu.
Eu com essa dor toda que você me deu.
Eu com esse vazio todo que a vida me deu.
Eu que não aguento te lembrar.
Eu que tento me fazer acreditar.
Eu...



Lynda Evy, 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Não, vou ficar por aqui mesmo, vou andar toda a vida nesta calçada, pensando nele, sentindo ele, estou tão bonita nesse vestido... - a moça sabia que estava -


Carlos Drummond in: 70 historinhas
Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o sim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte.  Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.






Caio Fernando de Abreu in: Inventário do Ir-remediável 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

- Também não gostou dele?
- Gostei demais, aí é que está. Foi o meu erro.





Carlos Drummond in: 70 historinhas

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Seria preciso abdicar de minha segurança, e eu a acumulei em paciência e tédio, mas a fiz forte, e se agora periclita é porque todos nós temos o nosso momento de queda. E esse é o meu.



Caio Fernando de Abreu in: Inventário do Ir-remediavel

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Levará sua vida, tudo o que você é, tudo que lhe é caro e não deixará nada a não ser neblina e névoa.
Levará sua alegria. E, um dia, você vai acordar e seu coração e sua alma terão partido. Um casco você será, um fiapo será. Não mais do que um sonho ao despertar ou a lembrança de algo esquecido.



Neil Gaiman in: Coraline

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tudo bem se for pouco, pois eu nunca pedi muito.

E qualquer coisa eu estou aqui mendigando carinho pra qualquer um que segure minha mão fria e, quem sabe, me dê um pouquinho de conforto. 
Que nem criança no colo da mãe. 
Que nem casal no inicio do namoro.
Que nem...






Lynda Evy
E o menino, que tinha sido tanto tempo, deixou de repente de ser.






Carlos Drummond in: 70 historinhas 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mas a vida já não assusta os olhos de quem dela recebe mais do que esperava.



Fernando Sabino in: Deixa o Alfredo falar!

sábado, 30 de abril de 2011


Não há nada como chocolate quente e abraços pra fazer os pesadelos irem embora



Neil Gaiman in: Coraline

sexta-feira, 29 de abril de 2011






Dá muita paz não relutar contra o destino, fatalidades repousam.


Adélia Prado in: Filandras

(...) As coisas só adentram em mim quando podem escapar em seguida (...)

Caio F. in: Inventário do Ir-remediável

segunda-feira, 18 de abril de 2011


Não é que gosto das coisas mais complicadas, é que elas me procuram, mas eu fujo. Quase sempre

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


"Ó Deus, como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente."




Esperou por tanto tempo por algo que não viria, se quebrou em suas próprias rochas, virou uma bola de confusão. Não conseguia entender o que havia acontecido, num instante tudo vai ao chão, “não tá certo” pensado consigo. Apertava o cobertor contra o peito pensando se poderia se culpar mais uma vez, não pôde, afinal se culparia pelo que?
Amarrou uma corda no pescoço e ficou pendurada em cima de todo o vazio, não morreu. Tinha contraído a doença da imortalidade, viveria para todo o sempre, o peso levaria nas costas, por todo o sempre...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Ele disse que me ama porque eu tenho o olhar distante mas lindo do mundo, o mais lindo... Esse olhar distante é regado de dor, solto ele no chão sempre que o coração aperta.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ela, sempre, (per) doa.


"E que dez mil estrelas vão riscando o céu buscando a sua casa no amanhecer."


Ela não me parece mal- humorada.
Ela é simpática, meiga, romântica.
Acho ela forte. Acho que ela não mereceu passar nem por metade do que passou.
E sobretudo não entendo por que fé como a dela teve que morrer.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fragmentos: Engenheiros do Hawaii


“O futuro se impõe o passado não se agüenta.



“Os tempos são outros, os erros os mesmos.



“O que seria de nós se não fosse a ilusão, a doce

ilusão de conseguir?”



“Sentir com inteligência, pensar com emoção.



“Sempre me perco pelas mesmas ruas, não trago mapas, não leio as placas,
não sigo pegadas quando sei que são tuas.”